terça-feira, 31 de dezembro de 2013

 Menos importância às coisas do mundo

"Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai" (1Jo 2,15).
Querido João, o que você quer de nós? Você não ouviu Jesus, que disse: Ame a Deus e ame seu próximo como a si mesmo? 

Deus ama o que Ele fez. Deus nos ama. Ele nos criou. Ele quer que nós nos amemos na terra, mas que não nos esqueçamos de amá-Lo também. 

O que João quer dizer, na verdade, é que nós devemos dar menos importância às coisas do mundo. 

Devemos enxergar que há muitas coisas que são desnecessárias e que todas elas serão abandonadas quando estivermos prontos para Deus. 

Tudo tem o tempo certo. Há tempo para amar e tempo para deixar, tal qual fora ensinado por Salomão.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Um Exemplo Vivo de Amor 

"(...) Disse o profeta: 'Ouvi então, vós, casa de Davi; será que achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal: Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho' (...)." (Is 7,10-14) 
"(...) Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: 'José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo de seus pecados'. Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 'Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco'.Quando acordou, José fez como o anjo do Senhor havia mandado e aceitou sua esposa.(...)."(Mt 1,18-24) 
"Eu, Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus, que pelos profetas havia prometido, nas Sagradas Escrituras e que diz respeito a seu Filho, descendente de Davi segundo a carne, autenticado como Filho de Deus com poder, pelo Espírito de Santidade que o ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo, Nosso Senhor (...)." (Rm 1,1-7) 
Na leitura de hoje, 4º Domingo do Advento, somos colocados diante de três momentos históricos que retratam uma mesma promessa: o nascimento do Filho de Deus, o Cordeiro, o nosso Salvador.

Em Isaías, que era profeta antes que Jesus fosse feito homem, anuncia-se a concepção de Cristo por uma mulher virgem como sinal pró-futuro da onipotência de Deus.

Mateus, por sua vez, mostra-nos a reação de José já ao tempo da concepção de Jesus.

Por fim, em Romanos, o apóstolo Paulo dá testemunho do Jesus já nascido, descendente sanguíneo de Davi e espiritual de Deus, evidenciado pela ressurreição após a morte na cruz.

A Bíblia cerca a história de Jesus para que não haja dúvidas sobre Sua identidade, Sua filiação, Sua importância. 

Antes, durante e depois da concepção de Cristo, Deus, o Criador de todas as coisas, tomou o cuidado de deixar para nós, seus queridos filhos, registros claros e coerentes da vida e missão de seu Filho Santo na terra.

A quem humildemente buscar, a Verdade está diante dos olhos, clara como o branco no preto.

Para José não deve ter sido fácil crer no milagre que acontecia no ventre de sua prometida e virgem esposa. Foi preciso que Deus lhe mandasse um anjo para lembrá-lo da profecia de tempos atrás. 

E quanto a nós? Será que precisamos que Deus nos envie anjos para que possamos crer, mesmo diante de todos os registros históricos, mesmo diante de todos os testemunhos? 

Será que seremos menos crentes que Acaz, que acreditava na onipotência de Deus mesmo sem todas as provas que hoje temos a nossa disposição para (mais que acreditar)... reconhecer a Deus como nosso Pai e Criador e a Jesus como nosso Único Salvador?

Muitas vezes buscamos fora do cristianismo respostas para todas as coisas sem, ao menos, darmos-nos a oportunidade de conhecer o que a Palavra de Deus Escrita nos revela: as respostas para as mais relevantes questões acerca de nossa existência. 

Você vai se emocionar ao entender que alguém que te ama demais nasceu e morreu para que você tivesse vida, para que você pudesse sair do escuro, do vazio, do labirinto da ignorância, para que você encontrasse o único Caminho capaz de te conduzir ao entendimento, à paz de espírito, à felicidade.

Faça de Jesus seu exemplo vivo de amor, faça da bíblia seu manual de vida.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Cristo arrasta multidões 

"Assim, as gerações desde Abraão até Davi são catorze; de Davi até o exílio na Babilônia catorze; e do exílio na Babilônia até Cristo, catorze". (Mt 1,1-17)
Jesus também possui uma árvore genealógica, pois foi feito homem. Mas, ao contrário de nós, já havia por revelada a Sua ascendência. Por quê?

Porque Deus desejou nos mostrar que Seu Filho fazia parte de um plano minuciosa e previamente elaborado para expiar os nossos pecados, para inserir entre nós a verdadeira e única moral: a moral cristã, a moral que nos dá vida, a moral que deve nos mover.

Jesus descendeu de gerações de pecadores como nós. Foi homem de carne e osso, como eu e como você. Contudo, foi homem santo, livre de pecados. Homem que trouxe as mais belas lições de amor a Deus e ao próximo. Homem enviado em sacrifício por nossos desvios, e também modelo único a ser seguido.

Cristo arrastou multidões com seus sagrados ensinamentos, e arrasta até hoje. Graças a Ele, podemos nos sentir mais próximos e entender o que Deus espera de nós.

Seja mais um na multidão. Deixe-se arrastar por Cristo!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

 Com que autoridade?

"Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu tal autoridade?" (Mt 21,23)
Para nós, a resposta é muito simples: Jesus fez tudo com a autoridade que Lhe foi dada por Deus. Ele curou os cegos, os surdos, os paralíticos... Ele fez tudo isso com as forças do Altíssimo, com o espirito da Amor Maior, com a misericórdia do Pai, como o Filho de Deus. 

Os sumo-sacerdotes perguntaram a Jesus quem Lhe dera aquela autoridade. Mas será que eles tinham realmente alguma dúvida? É evidente que não. Eles já sabiam a resposta, mas queriam que Jesus caísse na armadilha deles. Queriam que Jesus dissesse: 'Quem me deu autoridade foi Deus', para responderem que Jesus blasfemava contra Deus. 

Mas Jesus é esperto. Ele viu a malícia naqueles homens e respondeu com uma pergunta. Jesus sabia que o povo aceitava João, o batista. Então, Ele perguntou quem tinha dado autoridade a João para profetizar sobre a vinda do Cristo. 

Os homens sabiam que João também havia recebido autoridade de Deus, mas não quiseram verbalizar essa resposta porque, se o fizessem, reconheceriam que Jesus tinha razão. Aos sacerdotes restou apenas mentir e dizer: "Nós não sabemos". 

Jesus nos mostrou que às vezes é importante defender a verdade com esperteza contra a malícia. Há pessoas que nos perguntam coisas sobre Deus, sobre a fé, não para saber mais, mas sim para tentar argumentar que Deus não existe, que é louco aquele que crê em Deus, e que os cristãos são pessoas desqualificadas. 

Mas sabemos que Deus vai nos dar as palavras certas no tempo certo. Ele vai nos dar a esperteza de que precisamos. 

Felizes são as pessoas que buscam a Deus de verdade. Elas fazem isso com a autoridade de Jesus.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Deixe Ele agir

"Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá – ó Pai! Assim, já não és mais escravo, mas filho" (Gl 4, 4-7)
"Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: ´Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu´. Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador (Lc 1,39-47).
Maria permitiu que o Espírito Santo nela agisse. Ela confiou nos planos de Deus, por mais antinaturais que pudessem parecer. Qualquer um poderia indagar: como uma mulher virgem e outra idosa e estéril poderiam conceber filhos? Mas Maria simplesmente depositou toda a sua confiança Naquele em quem acreditava.

Isabel também ficou "cheia do Espírito Santo", e, antes mesmo que Maria lhe contasse a Boa Nova, tomou conhecimento do que estava acontecendo: que ela geraria um filho apesar de sua esterilidade e que sua prima daria à luz o Filho de Deus. 

Ambas abriram seus corações às manifestações do Espírito Santo, que atuou de modo que elas pudessem compreender perfeitamente o que se passava, confortando-as e alegrando-as com os milagres anunciados e efetivados.

Cada um de nós carrega em algum lugar de nosso coração o Espírito Santo de Deus, porque Deus desejou que não fôssemos escravos de regras muitas vezes contrárias à verdadeira, eterna e única moral: aquela introduzida por meio de Jesus Cristo.

Todos - mesmo os recém-nascidos - somos, em algum grau, conscientes do que é bom e do que é mau. Essa consciência não nos é ensinada. Ela nasce conosco, porque trazemos dentro de nossos corações o Espírito Santo.

É esse Espírito Santo que sonda nossos pensamentos, que escuta nossos clamores, que assiste nossas angústias, que nos dá todo o discernimento que buscamos quando resolvemos deixá-Lo agir em nós e que, uma vez agindo, enche-nos de conforto e alegria.

Deixe o Espírito Santo agir em você! 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Amor paciente

"Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu?" (Mt 18, 12-14)
Para entendermos essa parábola, é importante sabermos que, no tempo de Jesus, as montanhas eram muito boas para procurar alguma coisa para comer.
Não era perigoso, pois, deixar as ovelhas pastarem nas montanhas. 

Mas, o homem nessa parábola sabia que cada uma dessas ovelhas era importante. 

Nós poderíamos dizer: "Tá bom, tenho ovelhas suficientes, não vou perder tempo procurando uma única ovelhinha perdida". Um dono de uma fábrica, talvez, dissesse: "Deixa pra lá. O tempo perdido procurando um produto é lucro que deixo de obter com a produção de vários outros".

Deus não pensa como nós, nem como o dono da fábrica. 

Ele ama todos os seus filhos, ele ama cada um de seus filhos: eu, tu, nós, vós, eles... 

E se você pensa que é pequeno e sem importância, saiba que, diante de Deus, você é mais que importante: você é especial! Ainda que, por ventura, você tenha se perdido nos caminhos do mundo e nas cavernas da vida.

Deus ama todos e cada um com a mesmíssima intensidade, até mesmo aqueles que parecem viver sem Ele: os banqueiros, os assassinos, os ladrões.... 

Deus vai esperar por essas pessoas até que elas enxerguem que a vida não faz o menor sentido se não for vivida como Jesus ensinou, como Deus deseja. 

Você nunca vai estar sozinho: Deus estará paciente e amorosamente esperando por você. 

Dê uma chance a Ele. Ele te dá infinitas chances. Ele te ama mais do que ninguém.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Contemple, agradeça...

"(...) quando contemplarem as obras de minhas mãos, hão de honrar meu nome no meio do povo, honrarão o Santo de Jacó, e temerão o Deus de Israel; os homens de espírito inconstante conseguirão sabedoria e os maldizentes concordarão em aprender.(...)” (Is 29, 17-24).
 "(...) Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou-lhes: 'Vós acreditais que eu posso fazer isso?' 
Eles responderam: 'Sim, Senhor'. Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: 'Faça-se conforme a vossa fé'. E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: 'Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo'.Mas eles saíram, e espalharam sua fama por toda aquela região (...)" (Mt 9, 27-31).
A liturgia de hoje, mais uma vez, permite traçar um paralelo entre profecia do antigo testamento (Isaías) e testemunho, no novo testamento, de fato ocorrido em um passado posterior  (Mateus).

Deus já havia revelado, antes mesmo de Jesus vir a este mundo, que quem quer que testemunhasse as obras de Suas mãos, iria honrar o nome Dele no meio do povo. 

Séculos depois, foi o que fizeram os homens cegos depois de serem curados por Jesus: espalharam o milagre, a Boa Nova, por toda a região.

Nós, em nossas vidas, estamos rodeados de tantas coisas boas: o ar que respiramos, o calor do sol, a vegetação, o canto dos pássaros, o cheiro da chuva, as cores do céu, as ondas do mar... E não pára por aí: nossa inteligência, nossa capacidade criativa, o reconhecimento de nossos feitos, a vida em coletividade... Tudo, mas tudo mesmo é obra, é criação de Deus.

Então, as perguntas que se fazem são: Será que sabemos contemplar as maravilhas que Ele nos deu? Será que costumamos agradecê-Lo pelo simples e divino fato de existirmos?

Deus rodeia a milagrosa existência humana de outros vários milagres perceptíveis aos cinco sentidos, para que todos, sem exceção, possam abrir os corações a Jesus Cristo, até os "homens de espírito inconstante" e os "maldizentes". 

Quem de nós não conhece uma história de conversão ao cristianismo de um familiar, amigo ou conhecido? 

Não terá chegado sua vez?

Contemple, agradeça... converta-se!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ame o próximo e deixe Jesus falar ao seu coração 

"Depois pegou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos, e os discípulos, às multidões. Todos comeram, e ficaram satisfeitos; e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram" (Mat 15, 36-37)
Lucas também relatou essa história. Lá eram cinco pães, mas isso não é importante. 

Ele descreveu o tamanho da multidão. Eram, mais ou menos, cinco mil homens, e todos ficaram satisfeitos ao final. Que maravilha! 

Normalmente, uma situação como a retratada não é possível. Foi um milagre. 

Mas Jesus não fez um milagre como um feiticeiro. O milagre aconteceu dentro da multidão. 

Todos sabiam que a situação era difícil e que teriam que ir embora de lá caso não houvesse comida suficiente. Mas, por outro lado, todos sabiam que era importante estar junto a Jesus naquele momento, para ouvir as palavras Dele.

Sabiam que a fome da boa mensagem de Jesus era mais importante e mais forte que a fome do estômago. 

Então, alguém encontrou um pedaço de pão dentro de sua bolsa. Um outro encontrou frutas em um saco... E aconteceu o milagre da multiplicação

A partir daquele momento, o coração daquelas pessoas se transformou: elas entenderam a importância de compartilhar a vida com os outros, assim como fizeram os discípulos com a comida encontrada. Entenderam a importância de oferecer amor ao próximo para ouvir as palavras de Jesus.

"Ame os outros como a si mesmo", disse Jesus (mateus 22,39), e um milagre vai acontecer!

 Ame Aquele que te ama

"Naquele dia, o Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos. Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações. O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse. Naquele dia, se dirá: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado: vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo'. E a mão do Senhor repousará sobre este monte" (Is 25,6-10a).

"Naquele tempo, Jesus foi para as margens do mar da Galileia, subiu a montanha, e sentou-se. Numerosas multidões aproximaram-se dele, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou. O povo ficou admirado, quando viu os mudos falando, os aleijados sendo curados, os coxos andando e os cegos enxergando. E glorificaram o Deus de IsraelJesus chamou seus discípulos e disse: 'Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desmaiem pelo caminho'.Os discípulos disseram: 'Onde vamos buscar, neste deserto, tantos pães para saciar tão grande multidão?” Jesus perguntou: “Quantos pães tendes?' Eles responderam: 'Sete, e alguns peixinhos'. E Jesus mandou que a multidão se sentasse pelo chão. Depois pegou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos, e os discípulos, às multidões. Todos comeram, e ficaram satisfeitos; e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram" (Mt 15,29-37).

A liturgia de hoje traz profecia de Isaías (antigo testamento),  séculos depois confirmada, como se percebe pela leitura do evangelho de Mateus (novo testamento).

Sob uma visão apologética, a comparação entre esses fragmentos da Bíblia é evidência a favor do cristianismo. 

Séculos antes de Jesus nascer, um homem comum (inspirado por Quem?) já havia profetizado episódios que viriam a ser por Cristo vivenciados: a cura das multidões e a segunda multiplicação dos pães.

Não é difícil chegar a essa conclusão. Basta observar a clara identidade entre os fatos narrados em ambos os textos (Senhor/Jesus, monte/montanha, eliminará a morte e enxugará as lágrimas/curou, dará um banquete/todos comeram e ficaram satisfeitos e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram, vamos alegrar-nos e exultar/glorificaram) e o tempo verbal utilizado em cada um (futuro do presente, no primeiro, e pretérito perfeito, no segundo).

Por que razão Isaías teria sido inspirado a ter e a registrar tais visões que só viriam a se confirmar séculos depois? Seria por pura coincidência e acaso ou seria por que Alguém quis que você, que hoje lê a Bíblia, confiasse na legitimidade dos testemunhos e ensinamentos nela contidos? 

Para você, é mais fácil crer no acaso e na falta um propósito para sua vida ou crer que ela foi planejada com uma finalidade especial? As boas coisas que você já criou até o presente momento, foram precedidas de um mínimo planejamento, baseado em sua racionalidade e inteligência, ou aconteceram "do nada"?

Mas, além de servir de evidência contra os céticos, a liturgia de hoje anuncia algo mais importante: o amor que Deus destina a todo e cada um de seus filhos. Um amor que não é seletivo. Um amor que não é desigual. Um amor que alcança a todos sem preferências ou privilégios, que é abundante, que é infinito.

Ele enviou seu Filho à Terra para que pudéssemos testemunhar, conhecer, ter ciência de todo esse amor generoso. E assim foi que Jesus curou enfermos, alimentou os que tinham fome e, mais tarde, derramou seu sangue para nos libertar de nossos pecados. 

Que pai ofereceria em sacrifício o sangue de seu Filho Perfeito para salvar a vida dos demais? 

Por todo esse amor, por toda essa bondade, de que somente somos merecedores porque Ele quis assim, devemos ser gratos sempre e em todo lugar.

Não é possível que o ilustre filósofo estivesse convicto de seus pensamentos quando disse a célebre frase: "Penso, logo existo"... 

Você não existe porque pensa, mas pensa porque existe, e existe porque Deus te criou para te amar...

...e, como todo bom pai que ama seus filhos, Ele fica imensamente feliz quando é espontaneamente amado por você.

Ame Aquele que te ama!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Pequeninos

"Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos" (Lc 10, 21-24).
Estamos sempre a buscar o que Deus quer de nós: lemos, pensamos e falamos muito a repeito de Deus. 

E, de repente, Jesus diz: Vocês não entendem nada. Os pequeninos podem ver o Reino de Deus mais facilmente.

Para nós é realmente difícil compreender a existência de Deus e de todas as coisas, entender como Ele pode perdoar nossos pecados pelo sacrifício de Jesus. 

No Evangelho de Marcos, Jesus ensina que quem receber o Reino de Deus tal qual uma criança, poderá Nele entrar. 

A Verdade é que se não nos portarmos como crianças diante de Deus, não enxergaremos nada. 

Por isso, nós devemos pedir, confiarreceber o Amor com a pureza e a simplicidade de uma criança.

Sejamos pequeninos no caminho da Verdade!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A liberdade na fé

“(...) Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado (...)". (Mt 8,5-11)
O Evangelho de hoje conta a história de um oficial romano que roga a Jesus para que cure um de seus empregados, e que, apesar de reconhecer sua condição de pecador ("não sou digno que entres em minha casa"), não perde sua fé na misericórdia do Senhor ("Dize uma só palavra e meu empregado ficará curado").

A cada missa, antes da comunhão do corpo de Cristo, somos convidados a repetir os dizeres do oficial romano: "Senhor, não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo".

Deus não desiste dos seus filhos. Habita os corações de todos os homens, do menor ao maior pecador, e, ao menor sinal de fé, dá mostras de sua misericórdia. 

O amor que Deus tem por nós é incondicional. Isso significa dizer que Ele nos ama apesar de todos os nossos defeitos e desvios.

Tudo o que Ele mais quer é nos perdoar

Mas para que isso aconteça, é preciso que creiamos e confiemos Nele.

Quando nos colocamos no centro de nossa existência, desesperamos-nos se algo foge ao nosso controle. 

Mas se cremos, se confiamos no Senhor, mantemos a serenidade e a paz de espírito necessárias a recuperar as rédeas de nossa vida. 

A opera milagres que nenhum psiquiatra, psicólogo ou cientista jamais conseguiu  explicar. 

Receber a gratuidade e incondicionalidade do amor que Deus destina a nós depende única e exclusivamente de nossa vontade, pois Ele nos fez livres. Livres para escolhermos entre receber as graças Dele ou enjeitá-Las. 

Se você se julga distante de Deus por alguma razão, não se considere menos amado por isso: Ele deseja reinar no seu coração!

Creiamos! Confiemos!

sábado, 30 de novembro de 2013

Compartilhar

"(...) De fato, todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo. Mas, como invocá-lo, sem antes crer nele? E como crer, sem antes ter ouvido falar dele? E como ouvir, sem alguém que pregue? E como pregar, sem ser enviado para isso? (...)" (Rm 10,9-18) 
(...) Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens (...) (Mt 4,18-22) 

O Evangelho de hoje nos conta a história da cooptação de alguns apóstolos por Jesus. Homens vocacionados a levarem a Boa Nova aos homens. Até então, simples pescadores que ouviram um chamado todo especial.

Deus capacita cada um de nós com dons. 

Um dom é aquilo que podemos realizar com amor, que nos coloca com prazer a serviço do próximo

É a parte de um presente que Deus deseja ver compartilhado, uma função dentro do corpo, uma peça do quebra-cabeça, um elo da corrente.

Somos complementares, codependentes, porque Deus nos quis unidade

Tal complementariedade evidencia a grandeza do projeto de Deus. Um projeto minuciosamente elaborado. Um projeto de solidariedade, de fraternidade, que passa ao largo do individualismo que cega o homem.

Aquele que se reconhece agraciado com tamanho gesto de amor, põe Deus em suas atitudes, em seu trabalho, em seu dia a dia. Leva ao espírito do irmão a paz do Senhor, seja por meio do tempo doado a um amigo, de um serviço prestado com zelo, ou mesmo pela pregação direta da Verdade que alegra.

É preciso que o amor de Deus continue a se manifestar em cada um de nós, como um "virus do bem", cuja transmissão se iniciou desde que Ele enviou Seu Filho Perfeito para nos salvar, dando o mais claro testemunho de Sua Amorosa Existência.

Glória a Vós, Senhor!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Fazer o bem

"(...) O rei mandou vir os homens que acusaram Daniel e os fez lançar na cova dos leões, juntamente com seus filhos e suas mulheres; estes não tinham chegado ao fundo da cova, e já os leões caíam sobre eles (...)" (Daniel 6, 25)
Deus salvou Daniel na cova dos leões. Uma historia maravilhosa. Daniel confiou em Deus. e, por isso, Deus fez esse milagre. Ele saiu da cova sem nenhuma lesão. Graças a Deus.

O que havia feito o rei? O rei havia baixado um decreto determinando que ninguém poderia orar a Deus. Todas as orações teriam que ser feitas ao rei. 

O rei quis ser como Deus, mas ele gostava de Daniel e não desejava sua morte.

Nesse momento, pensamos: Legal, esse rei é, na verdade, um rei misericordioso. Quer nos mostrar como Jesus deseja perdoar os pecados...

Mas todas as pessoas disseram ao rei que isso era contra a lei e, por causa do medo, ele não agiu de acordo com sua consciência. Ele quis ser rei para sempre e não quis arriscar sua condição.

Conquanto o rei tivesse um bom coração no momento, ele não conseguiu fazer nada, mas ficou alegre quando Daniel apareceu sem nenhuma ferida, ao final.

Naquele momento tudo ficou bem e a historia pôde, enfim, terminar. Todavia, o rei procurou culpados para o ocorrido.

Jesus disse: "amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltraram e] perseguem" (Mat 5,44).

Apesar disso, sabemos que existem comportamentos que, normalmente, não adotamos. Cada pessoa possui uma lei dentro de si que diz o que se deve e o que não se deve fazer.

É menos importante obedecer a tantas "regras" que fazer o bem, ajudar pessoas e buscar a felicidade em nossas vidas

Felizes as pessoas que são flexíveis

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Firmes na Fé em Cristo

"Antes que estas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé (...) É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!(Lc 21,12-19)
O Evangelho de hoje é mais uma prova irrefutável da veracidade do cristianismo. Trata-se de profecia que já se confirmou no passado e que continua a se confirmar no presente: a perseguição aos cristãos. 

Tal perseguição se revela nos dias de hoje muitas vezes de forma dissimulada, como quando levantam suspeitas despidas de quaisquer fundamentos e fazem chacota com a crença em Jesus Cristo.

Um filósofo ateu* ousou dizer que buscam um deus apenas aqueles em que prepondera o sofrimento em vez do prazer. (Aliás, para alguém que se diz ateu, admitir aquilo em que não acredita - Deus - como uma forma de compensação do sofrimento humano, é, no mínimo, uma contradição em seus próprios termos. Afinal, como algo que "não existe" poderia produzir algum efeito?). 

Isso carece de sentido, pois SER CRISTÃO NÃO É NADA FÁCIL. Ser cristão implica enfrentar preconceitos, piadas, ofensas, marginalização... Enfim, toda sorte de perseguição. Quem é que sente prazer em (para utilizar a expressão do momento) ser "bullyngado"?

O filósofo tenta obscurecer o óbvio, na vã tentativa de desmerecer a fé cristã.

Mas o verdadeiro cristão sabe da pequenez dos prazeres mundanos, que são impossíveis de oferecer satisfação plena, mesmo ao mais rico dos homens. 

O verdadeiro cristão também sabe que viver a Palavra de Deus traz conforto e serenidade ATÉ nos momentos em que a dor parece insuportável. (Ou será que alguém que perdesse um filho poderia compensar sua dor com casas, carros, viagens e roupas da moda?) 

O verdadeiro cristão sabe, ainda, que sua vida na Terra tem um início e tem um fim, e que embora tenhamos sido criados "do nada", não retornaremos ao nada, já que há provas científicas e irrefutáveis de que o Universo se encontra em infinita expansão. (Até mesmo para aqueles que tem uma visão antropocêntrica da existência: que sentido faria o homem acabar e o Universo continuar a existir?)

O verdadeiro cristão não se conforma (e nem deveria se conformar) com a redução da existência humana à brevíssima vida sobre a Terra, e sabe que só pode dizer sobre "o depois" Aquele Que Já Existia "antes". E Ele disse! Disse por meio de Cristo, por meio de diversas testemunhas oculares, por meio de profecias como a com que iniciamos esse texto... 

Não há perseguição que possa abalar a forte fé de um cristão, pois não há nenhuma promessa ou desgraça terrena mais significativa e importante que a vida eterna e plena do espírito.

Sigamos firmes na fé em Cristo!

Notas:
*Nietzsche

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Glaubt an Gott, vertraut auf ihn

"Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu" = Seid vorsichtig, dass ihr nicht betrogen werdet, weil viele in meinem Namen(Jesus) kommen werden, (zur Zeit des Weltenendes) und sie werden sagen:"Ich bin's" 

Das Geschäft mit dem Weltenende ist groß. Filmproduzenten nutzen dieses Thema ohne Ende aus und verdienen sich eine goldene Nase damit. 

Viele Menschen haben Angst vor dem Ende der Welt oder sind zumindest faziniert von diesem Schauspiel, das uns früher oder später erwartet. 

Die Filme, die Milionen mit diesem Thema einspielen, suggerieren uns immer wieder, das ein muskelbepackter Superheld kommt und für uns in einer Schlacht mit einem Feind die ganze Welt rettet. 

Wir setzen immer wieder Menschen an die Stelle von Gott, der sagt, das das Ende der Welt irgendwann kommen wird, bevor das Reich Gottes anbricht, nicht in einem Film in der Fantasie von Filmproduzenten, sondern in Wirklichkeit. 

Nicht James Bond, sondern Gott hat etwas Besseres mit uns vor. 

Er sagt:"Habt keine Angst, denn diese Sachen, müssen passieren, glaubt an Gott, vertraut auf ihn"

Confie no Senhor

"(...) Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados (...)”.  (Lc 21,5-11) 
Deus é misericordioso. Tão misericordioso que enviou o seu Filho para que nossos pecados fossem lavados. Deus deu vida a nós e a vida por nós, tudo gratuitamente, por amor.

É triste ver que há tantos irmãos sendo enganados em nome de Deus. É doloroso ver que alguns irmãos se aproveitam da busca espiritual dos outros para deturpar os ensinamentos do Senhor, utilizando a religião como instrumento de coação e de temor, para atingir interesses particulares e contrários ao amor que Deus deseja indistintamente a todos nós.

E aí é oportuno perguntar: Será que as pessoas buscam junto ao Espírito Santo o discernimento necessário para saber o que é de Deus e o que não é?

Quem crê no amor, na bondade e na misericórdia do Pai não tem nada a temer. O medo é para os fracos de fé. Quando a fé é forte, não há temor, e sim esperança. Peça ao Espírito Santo que lhe dê discernimento e que fortaleça a sua fé.

Deus abençoe a todos nós.

O Gozo do Evangelho

A exortação apostólica, Evangelli Gaudium ("O Gozo do Evangelho", livre tradução), do Papa Francisco, foi publicada hoje.

No site do Vaticano não há versão em português. Segue o link para a original, em espanhol:


Só tive a oportunidade de ler o primeiro tópico da introdução, mas pretendo lê-la em sua integralidade, e, tão logo o faça, voltarei aqui, com alegria, para compartilhar o que li.

Deus abençoe a todos nós.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Nós

Não. Não há nós no caminho da Verdade. 
A Verdade é Reta, Única, Absoluta, Perfeita e Imutável. 
Sim, a Verdade é Divina. 
Não há nós. 
Mas há "nós": eu, você e todas as outras pessoas. 
Todos partes de um corpo que só é perfeito na unidade.
Um corpo cujo funcionamento depende de cada um exercer em favor do todo a vocação que lhe foi confiada.
A Verdade nos enlaça sem nós.

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