sábado, 7 de dezembro de 2013

Contemple, agradeça...

"(...) quando contemplarem as obras de minhas mãos, hão de honrar meu nome no meio do povo, honrarão o Santo de Jacó, e temerão o Deus de Israel; os homens de espírito inconstante conseguirão sabedoria e os maldizentes concordarão em aprender.(...)” (Is 29, 17-24).
 "(...) Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então Jesus perguntou-lhes: 'Vós acreditais que eu posso fazer isso?' 
Eles responderam: 'Sim, Senhor'. Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: 'Faça-se conforme a vossa fé'. E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: 'Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo'.Mas eles saíram, e espalharam sua fama por toda aquela região (...)" (Mt 9, 27-31).
A liturgia de hoje, mais uma vez, permite traçar um paralelo entre profecia do antigo testamento (Isaías) e testemunho, no novo testamento, de fato ocorrido em um passado posterior  (Mateus).

Deus já havia revelado, antes mesmo de Jesus vir a este mundo, que quem quer que testemunhasse as obras de Suas mãos, iria honrar o nome Dele no meio do povo. 

Séculos depois, foi o que fizeram os homens cegos depois de serem curados por Jesus: espalharam o milagre, a Boa Nova, por toda a região.

Nós, em nossas vidas, estamos rodeados de tantas coisas boas: o ar que respiramos, o calor do sol, a vegetação, o canto dos pássaros, o cheiro da chuva, as cores do céu, as ondas do mar... E não pára por aí: nossa inteligência, nossa capacidade criativa, o reconhecimento de nossos feitos, a vida em coletividade... Tudo, mas tudo mesmo é obra, é criação de Deus.

Então, as perguntas que se fazem são: Será que sabemos contemplar as maravilhas que Ele nos deu? Será que costumamos agradecê-Lo pelo simples e divino fato de existirmos?

Deus rodeia a milagrosa existência humana de outros vários milagres perceptíveis aos cinco sentidos, para que todos, sem exceção, possam abrir os corações a Jesus Cristo, até os "homens de espírito inconstante" e os "maldizentes". 

Quem de nós não conhece uma história de conversão ao cristianismo de um familiar, amigo ou conhecido? 

Não terá chegado sua vez?

Contemple, agradeça... converta-se!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Ame o próximo e deixe Jesus falar ao seu coração 

"Depois pegou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos, e os discípulos, às multidões. Todos comeram, e ficaram satisfeitos; e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram" (Mat 15, 36-37)
Lucas também relatou essa história. Lá eram cinco pães, mas isso não é importante. 

Ele descreveu o tamanho da multidão. Eram, mais ou menos, cinco mil homens, e todos ficaram satisfeitos ao final. Que maravilha! 

Normalmente, uma situação como a retratada não é possível. Foi um milagre. 

Mas Jesus não fez um milagre como um feiticeiro. O milagre aconteceu dentro da multidão. 

Todos sabiam que a situação era difícil e que teriam que ir embora de lá caso não houvesse comida suficiente. Mas, por outro lado, todos sabiam que era importante estar junto a Jesus naquele momento, para ouvir as palavras Dele.

Sabiam que a fome da boa mensagem de Jesus era mais importante e mais forte que a fome do estômago. 

Então, alguém encontrou um pedaço de pão dentro de sua bolsa. Um outro encontrou frutas em um saco... E aconteceu o milagre da multiplicação

A partir daquele momento, o coração daquelas pessoas se transformou: elas entenderam a importância de compartilhar a vida com os outros, assim como fizeram os discípulos com a comida encontrada. Entenderam a importância de oferecer amor ao próximo para ouvir as palavras de Jesus.

"Ame os outros como a si mesmo", disse Jesus (mateus 22,39), e um milagre vai acontecer!

 Ame Aquele que te ama

"Naquele dia, o Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos. Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações. O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse. Naquele dia, se dirá: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado: vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo'. E a mão do Senhor repousará sobre este monte" (Is 25,6-10a).

"Naquele tempo, Jesus foi para as margens do mar da Galileia, subiu a montanha, e sentou-se. Numerosas multidões aproximaram-se dele, levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos, e muitos outros doentes. Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou. O povo ficou admirado, quando viu os mudos falando, os aleijados sendo curados, os coxos andando e os cegos enxergando. E glorificaram o Deus de IsraelJesus chamou seus discípulos e disse: 'Tenho compaixão da multidão, porque já faz três dias que está comigo, e nada tem para comer. Não quero mandá-los embora com fome, para que não desmaiem pelo caminho'.Os discípulos disseram: 'Onde vamos buscar, neste deserto, tantos pães para saciar tão grande multidão?” Jesus perguntou: “Quantos pães tendes?' Eles responderam: 'Sete, e alguns peixinhos'. E Jesus mandou que a multidão se sentasse pelo chão. Depois pegou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos, e os discípulos, às multidões. Todos comeram, e ficaram satisfeitos; e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram" (Mt 15,29-37).

A liturgia de hoje traz profecia de Isaías (antigo testamento),  séculos depois confirmada, como se percebe pela leitura do evangelho de Mateus (novo testamento).

Sob uma visão apologética, a comparação entre esses fragmentos da Bíblia é evidência a favor do cristianismo. 

Séculos antes de Jesus nascer, um homem comum (inspirado por Quem?) já havia profetizado episódios que viriam a ser por Cristo vivenciados: a cura das multidões e a segunda multiplicação dos pães.

Não é difícil chegar a essa conclusão. Basta observar a clara identidade entre os fatos narrados em ambos os textos (Senhor/Jesus, monte/montanha, eliminará a morte e enxugará as lágrimas/curou, dará um banquete/todos comeram e ficaram satisfeitos e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram, vamos alegrar-nos e exultar/glorificaram) e o tempo verbal utilizado em cada um (futuro do presente, no primeiro, e pretérito perfeito, no segundo).

Por que razão Isaías teria sido inspirado a ter e a registrar tais visões que só viriam a se confirmar séculos depois? Seria por pura coincidência e acaso ou seria por que Alguém quis que você, que hoje lê a Bíblia, confiasse na legitimidade dos testemunhos e ensinamentos nela contidos? 

Para você, é mais fácil crer no acaso e na falta um propósito para sua vida ou crer que ela foi planejada com uma finalidade especial? As boas coisas que você já criou até o presente momento, foram precedidas de um mínimo planejamento, baseado em sua racionalidade e inteligência, ou aconteceram "do nada"?

Mas, além de servir de evidência contra os céticos, a liturgia de hoje anuncia algo mais importante: o amor que Deus destina a todo e cada um de seus filhos. Um amor que não é seletivo. Um amor que não é desigual. Um amor que alcança a todos sem preferências ou privilégios, que é abundante, que é infinito.

Ele enviou seu Filho à Terra para que pudéssemos testemunhar, conhecer, ter ciência de todo esse amor generoso. E assim foi que Jesus curou enfermos, alimentou os que tinham fome e, mais tarde, derramou seu sangue para nos libertar de nossos pecados. 

Que pai ofereceria em sacrifício o sangue de seu Filho Perfeito para salvar a vida dos demais? 

Por todo esse amor, por toda essa bondade, de que somente somos merecedores porque Ele quis assim, devemos ser gratos sempre e em todo lugar.

Não é possível que o ilustre filósofo estivesse convicto de seus pensamentos quando disse a célebre frase: "Penso, logo existo"... 

Você não existe porque pensa, mas pensa porque existe, e existe porque Deus te criou para te amar...

...e, como todo bom pai que ama seus filhos, Ele fica imensamente feliz quando é espontaneamente amado por você.

Ame Aquele que te ama!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Pequeninos

"Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos" (Lc 10, 21-24).
Estamos sempre a buscar o que Deus quer de nós: lemos, pensamos e falamos muito a repeito de Deus. 

E, de repente, Jesus diz: Vocês não entendem nada. Os pequeninos podem ver o Reino de Deus mais facilmente.

Para nós é realmente difícil compreender a existência de Deus e de todas as coisas, entender como Ele pode perdoar nossos pecados pelo sacrifício de Jesus. 

No Evangelho de Marcos, Jesus ensina que quem receber o Reino de Deus tal qual uma criança, poderá Nele entrar. 

A Verdade é que se não nos portarmos como crianças diante de Deus, não enxergaremos nada. 

Por isso, nós devemos pedir, confiarreceber o Amor com a pureza e a simplicidade de uma criança.

Sejamos pequeninos no caminho da Verdade!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A liberdade na fé

“(...) Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado (...)". (Mt 8,5-11)
O Evangelho de hoje conta a história de um oficial romano que roga a Jesus para que cure um de seus empregados, e que, apesar de reconhecer sua condição de pecador ("não sou digno que entres em minha casa"), não perde sua fé na misericórdia do Senhor ("Dize uma só palavra e meu empregado ficará curado").

A cada missa, antes da comunhão do corpo de Cristo, somos convidados a repetir os dizeres do oficial romano: "Senhor, não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo".

Deus não desiste dos seus filhos. Habita os corações de todos os homens, do menor ao maior pecador, e, ao menor sinal de fé, dá mostras de sua misericórdia. 

O amor que Deus tem por nós é incondicional. Isso significa dizer que Ele nos ama apesar de todos os nossos defeitos e desvios.

Tudo o que Ele mais quer é nos perdoar

Mas para que isso aconteça, é preciso que creiamos e confiemos Nele.

Quando nos colocamos no centro de nossa existência, desesperamos-nos se algo foge ao nosso controle. 

Mas se cremos, se confiamos no Senhor, mantemos a serenidade e a paz de espírito necessárias a recuperar as rédeas de nossa vida. 

A opera milagres que nenhum psiquiatra, psicólogo ou cientista jamais conseguiu  explicar. 

Receber a gratuidade e incondicionalidade do amor que Deus destina a nós depende única e exclusivamente de nossa vontade, pois Ele nos fez livres. Livres para escolhermos entre receber as graças Dele ou enjeitá-Las. 

Se você se julga distante de Deus por alguma razão, não se considere menos amado por isso: Ele deseja reinar no seu coração!

Creiamos! Confiemos!