quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

 Só o amor liberta

"(...) Há de livrá-los da violência e opressão, pois vale muito o sangue deles a seus olhos! Hão de rezar também por ele sem cessar, bendizê-lo e honrá-lo cada dia (...)".(Sl 71)
 "(...) Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor (...)”.(Lc 4,14-22a)
"(...) Se alguém disser: 'Amo a Deus', mas entretanto odeia o seu irmão, é um mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê. E este é o mandamento que dele recebemos: aquele que ama a Deus, ame também o seu irmão. (...) Podemos saber que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Pois isto é amar a Deus: observar os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados, pois todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa  (...)". (1Jo 4,19–5,4) 
Jesus veio ao mundo para nos livrar do pecado do individualismo, para nos ensinar que só podemos alcançar a felicidade plena se desejarmos e trabalharmos também em prol da felicidade de nossos irmãos, da coletividade.

O mundo muitas vezes nos diz que a felicidade está dentro de cada um de nós, que cada um deve buscar a própria felicidade, o progresso e o sucesso pessoal.

O resultado dessa busca é um sentimento de vazio, um vácuo existencial, pois o homem não foi idealizado por Deus para viver sozinho.

E viver em coletividade, não significa competir com ou sobrepor-se ao outro. Se o homem maltrata seu habitat social, ele condena sua própria espécie ao fim.

A plenitude humana depende de uma convivência harmoniosa. E essa harmonia total só é alcançada quando cada parte do todo, isto é, quando cada um de nós, coloca amor em nossas atitudes, quando retiramos o "eu" do centro de nossas vidas e colocamos "Deus". Pois Deus é exemplo do mais puro amor.

Quem ama não deseja o mal, não se julga superior ou mais merecedor, não ignora os pesares do outro, não oprime.

Ao contrário: procura fazer o bem, reveste-se de humildade, busca ouvir e compreender as necessidades do próximo e sacrifica-se com prazer pela alegria do irmão. Quem ama respeita a liberdade do outro.

Jamais será o amor que Deus espera de nós um fardo, um peso, uma obrigação, e sim motivo de entusiamo, de celebração, de alegria. Abrir mão de nossa individualidade, de nosso egoísmo, é um gesto medíocre quando temos por referência o sacrifício de Jesus na cruz.

Amar é ajudar a construir uma sociedade justa e solidária, a incentivar e dar espaço ao outro para que compartilhe seus dons e vocações, e permite colher, reflexa e naturalmente, bem-estar e paz de espírito pessoal e coletivo.

Quem confia em Deus e entrega seu coração a Ele, permite que o verdadeiro amor faça morada dentro de si.

Amemos!

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